quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Carlos Tufvesson é convidado para assumir coordenadoria LGBT na Prefeitura do Rio


O estilista e militante Carlos Tufvesson (na foto, à esq., ao lado de Lucinha Araújo e Eduardo Paes) recebeu com surpresa ontem (23), durante a abertura da campanha "A Moda contra o HIV", no Palácio da Cidade, a indicação ao cargo de titular da nova Coordenadoria Especial de Assuntos da Diversidade Sexual (Ceads), da Prefeitura do Rio de Janeiro. O convite foi feito pelo próprio prefeito, Eduardo Paes (PMDB).

Para Tufvesson, o cargo vai ajudá-lo a ampliar sua atuação como militante dos direitos LGBT. "Acho muito importante a abertura desse espaço na Prefeitura", admite. "Precisávamos de uma coordenadoria que pudesse centralizar todos os projetos para a comunidade", acrescenta.

A nova coordenadoria, que deve iniciar seus trabalhos já no ano que vem, servirá de ponte entre os órgãos públicos e a comunidade LGBT. "O que eu quero é uma comunicação mais direta com os cidadãos do Rio de Janeiro. Desejo que os LGBT conheçam as leis que nós militantes lutamos para conquistar, como a lei 2475/96 [que pune administrativamente estabelecimentos comerciais e públicos que discriminarem pessoas por conta de sua orientação sexual]. O desconhecimento da lei faz com que ela não funcione", destaca Tufvesson, que conclui: "Precisamos conscientizar as pessoas para a importância dessas leis, porque só assim teremos nossos direitos garantidos."

Moda contra o HIV

Com o tema "Usar Camisinha está na Moda", segue até o próximo dia 3/12 a tradicional campanha "A Moda na Luta contra o HIV", criada por Carlos Tufvesson há nove anos.

Com o objetivo de auxiliar na visibilidade da prevenção ao HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis, a campanha incentiva os comerciários do bairro de Ipanema a decorarem as vitrines de suas lojas com o laço vermelho, símbolo mundial da luta contra a Aids.

Este ano, as 20 lojas participantes disputam um concurso, que premiará a melhor vitrine com uma viagem a Nova York. Você também pode participar da campanha, adquirindo um kit que inclui uma necessaire ilustrada por Miguel Paiva com sua personagem Radical Chic, além de um par de sandálias Ipanema (foto), um folheto explicativo sobre o HIV e uma camisinha. O kit custa R$ 50, e todo o valor arrecado com a venda do produto será doado à Sociedade Viva Cazuza.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

I Encontro de ONGs LGBT e Profissionais da Saúde, Educação em DST, HIV/AIDS e Hepatites Virais do Sudeste


A Associação Homossexual de Ajuda Mútua, em parceria com Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis – PROEX da Universidade Federal de Uberlândia, Ambulatório Municipal de DST, HIV/AIDS Herbert de Souza e demais Organizações não-Governamentais promovem o I Encontro de ONGs LGBT e Profissionais da Saúde e Educação em DST, HIV/AIDS e Hepatites Virais do Sudeste, nos dias 25 a 27 de novembro, na Universidade Federal de Uberlândia.

O I Encontro tem a finalidade demarcar um olhar as especificidades, vulnerabilidades e potencialidades do cerrado frente à atuação conjunta e articulada de diversos segmentos da sociedade local e do Estado para a efetivação de uma ação política coletiva e organizada, envolvendo os movimentos sociais, gestores e profissionais da educação e da saúde, acadêmicos e pesquisadores na luta por dias melhores diante das DST, HIV/AIDS e Hepatites Virais.

Informações, visite o blog do I Encontro

Comissão Organizadora

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Eleições 2010




O PLC-122 pós-eleições
Toni Reis, da ABGLT, comenta sobre alterações no PLC-122/06 após a eleição para presidente da República

No olho do furacão durante a campanha presidencial, o Projeto de Lei da Câmara – 122/06 (PLC-122/06), que pretende tornar crime a homofobia no Brasil, foi comentado pelos candidatos José Serra (PSDB-SP) e Dilma Rousseff (PT-RS).

Após o vice de Serra Índio da Costa (DEM-RJ) sinalizar ser contrário ao PLC-122/06 por ferir “a liberdade de expressão por prever prisões a quem se manifesta sobre a homossexualidade”, o próprio Serra afirmou que vetaria o PLC-122/06 quando se reuniu com 800 lideranças religiosas na semana passada em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Sobre o mesmo tema, a candidata petista afirmou a lideranças religiosas, em Brasília, que trabalharia pelo Estado laico [separação da igreja e Estado] e que sancionará os artigos favoráveis à punição da homofobia e vetará aqueles que violem a liberdade de crença.

Segundo Dilma, os religiosos têm a liberdade de se expressar contrariamente à homossexualidade dentro das igrejas. “A parte relativa a condenar o preconceito contra o homossexual nós todos temos que endossar. cristãos contrários à homossexualidade dentro das igrejas. “Dentro das igrejas é problema das igrejas. Não posso dar direito a uns e tirar de outros”, disse.

Mudança do texto do PLC-122/06 – A redação do MundoMais ouviu o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) Toni Reis sobre a possibilidade de alteração do texto do PLC-122/06. Isso no sentido de ter um artigo que diga que as igrejas tenham a liberdade de serem contrárias à homossexualidade apenas “dentro” dos recintos das igrejas em situação de culto e não utilizar os meios de comunicação de massa como faz o pastor Silas Malafaia, que utiliza os canais de TV e até espalhou outdoors no Rio de Janeiro contrário aos homossexuais.

“Temos novas cabeças no congresso que poderão nos ajudar conseguir um caminho que possa proteger os direitos LGBT e não prejudicar ninguém. Creio que temos que dialogar muito”, diz Toni Reis. Segundo o presidente da ABGLT, é preciso ter um diálogo franco e aberto com os religiosos aliados para conseguir uma fórmula que possa ser aceita pelos LGBT. “A atual versão do PLC-122/06 está muito legal”, afirma Reis.

Novo relator – A relatora do PLC-122/06, a senadora Fátima Cleide (PT-RO), não foi reeleita, mas ainda espera o julgamento do senador Ivo Cassol (PPS-RO), que responde processo da Lei Ficha Limpa. Caso, ela não retorne ao Senado, Reis diz que o senador Roberto Requião (PMDB-PR) e as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) ou Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) poderão ser os relatores do PLC-122/06. Reis diz que o importante é esperar o resultado das eleições para presidente da Répubica. “Com Dilma Rousseff, temos abertura total. Caso José Serra seja eleito, teremos que construir as pontes”, diz.


Fonte: Mundo Mais
href="http://mundomais.com.br/exibemateria2.php?idmateria=1770"