segunda-feira, 30 de janeiro de 2012



Dia da Visibilidade das Travestis e Transexuais

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirma que é responsabilidade do governo federal sensibilizar educadores, profissionais de saúde, gestores e a sociedade geral para que as travestis e transexuais tenham seus direitos reconhecidos e sejam acolhidas e respeitadas

No Dia Nacional de Visibilidade das Travestis, o Ministério da Saúde tem o orgulho de parabenizar essa população, que conquista, dia a dia, seu espaço na sociedade.
As travestis e transexuais são as que mais sofrem com o preconceito e com a discriminação decorrentes da transfobia, e este é dos principais fatores que as tornam vulneráveis à infecção pelas DST, HIV/aids e hepatites virais. A violência cotidiana a que estão sujeitas é o retrato de uma sociedade que não respeita a diversidade.
O governo brasileiro e o Ministério da Saúde têm um compromisso histórico com as travestis e as transexuais e encaram essa questão como prioridade. Para isso, construímos um diálogo permanente, junto à Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), à Rede Latino-Americana e do Caribe de Pessoas Trans (REDLACTRANS) e às demais representantes do movimento, com quem celebramos este dia, unindo forças para garantir a cidadania.

A conquista e o reconhecimento do nome social, o acesso à cirurgia de mudança de sexo e a prevenção das hepatites, das DST e da aids são alguns dos direitos fundamentais das travestis, transexuais e de toda pessoa humana, e frutos dessa participação e desse diálogo.
É nossa responsabilidade sensibilizar educadores, profissionais de saúde, gestores e a sociedade geral para que as travestis e transexuais tenham seus direitos reconhecidos e sejam acolhidas e respeitadas.

Neste 29 de janeiro, reafirmamos nossa posição de fazer avançar as demandas de saúde que se encontram colocadas e pactuadas na Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT e no Plano de Enfrentamento da Epidemia de Aids e outras DST entre Gays, Homens que Fazem Sexo com Homens e Travestis, sem esquecer a agenda afirmativa para as transexuais prevista no Plano de Enfrentamento à Feminização da Epidemia. O objetivo é garantir à população LGBT a integralidade e a equidade na atenção preconizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O respeito à diversidade deve permear todas as nossas ações de educação, saúde e segurança pública, para que as futuras gerações cresçam em uma sociedade mais inclusiva, com menos discriminação e mais justa.
Alexandre Padilha
Ministro de Estado da Saúde

Fonte: Aids.gov

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Quase lá.


Deputado Jean Wyllys já tem mais da metade das assinaturas para projeto de casamento civil no Brasil.

Deputado federal assumidamente gay, Jean Wyllys (PSOL-RJ) já tem mais da metade das assinaturas de seus colegas da Câmara dos Deputados, para colocar em tramitação na Casa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. O casamento civil já é realizado em alguns lugares do Brasil, mas com a PEC se tornaria oficial e nacional.

Segundo a Agência Câmara, Jean já reuniu pelo menos 99 das 171 assinaturas de outros deputados que precisa para iniciar a longa tramitação da PEC. Além disso, o deputado anunciou também que deve começar logo a campanha nacional envolvendo formadores de opinião e artistas em apoio ao casamento civil igualitário.

Para Jean, mesmo com a já realização dos casamentos no Brasil, feitos mediante pedido na Justiça, a PEC é necessária porque “vivemos em um País em que quase 90% da população não têm acesso à Justiça, então uma decisão que depende de cada um entrar com um processo para garantir um direito não vai atender todo mundo”.

Existe também um abaixo-assinado pelo casamento civil entre pessoas do mesmo sexo que pode ser acessado clicando AQUI.


Fonte: Mundo Mais GLS
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Declaração homofóbica de general do Exército


ABGLT pede ao Ministério que apure caso de declaração homofóbica de general do Exército


Em oficio enviado na última sexta-feira (20) ao ministro da Defesa Celso Amorim, a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) exige apuração no caso do general do Exército Adhemar da Costa Machado Filho.

Durante uma reportagem do jornal "SBT Brasil", o general deixou clara a discriminação sofrida pelos ex-sargentos gays Laci de Araujo e Fernando Alcântara Figueiredo. Em uma gravação, Machado Filho chega a hostilizar o casal com expressões pejorativas dizendo que vai separar os dois.

"Solicitamos a tomada de providências visando a apurar o caso, ao mesmo tempo em que também solicitamos a garantia da manutenção da integridade física e psicológica dos sargentos na eventual instauração de processo de apuração", diz trecho do oficio da ABGLT.

TRANSEX na telinha


Transex de "O Brado Retumbante" surge na terça-feira; veja visual do ator Murilo Armacollo




Vai ser na terça-feira (24) a primeira aparição de Murilo Armacollo como a transexual Julie na minissérie "O Brado Retumbante", da TV Globo.

Por enquanto, sabemos apenas que Júlio, nome de menino de Julie, não tem uma boa relação com o pai Paulo Ventura (Domingos Montagner), que agora é Presidente da República. Após uma temporada longe do país, Júlio volta como Julie.

Essa é a estreia de Murilo na televisão. O ator, quem tem 24 anos, já passou por musicais da Disney e teve papéis menores nas montagens de "Hairspray" (2009), "Aladdin" (2010) e "New York, New York" (2011). "É um papel muito difícil e era um mundo muito distante de mim", disse o ator sobre Julie para a coluna Outro Canal do jornal "Folha de S.Paulo".

Murilo procurou várias transexuais para fazer o laboratório para a personagem. "Ouvi várias histórias de preconceito, agressões, não aceitação da família, de meninas que tentam a sorte no exterior, de cirurgias mal sucedidas. É um mundo cruel", conta ele.

Além dos estudos para compor Julie, o ator teve que passar por uma transformação física. Ele perdeu 15 quilos, passando de 75kg para 60kg. "A transexual é uma mulher presa num corpo de homem. Eu tive de modelar o corpo, afinar as curvas. A gente trabalhou os movimentos, tive algumas aulas e assisti a todos os filmes de Marilyn Monroe para pegar gestos".

Ele acredita que a história da personagem, apesar de polêmica, vai comover o Brasil. "Quero que essas meninas sejam tratadas com igualdade, que possam encontrar emprego, por exemplo", diz o ator.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Campanha incentiva casais gays a fazer teste de HIV juntos


Proposta é evitar que um parceiro esconda do outro que está com HIV e haja transmissão do vírus



A iniciativa foi realizada em Chicago e Atlanta, nos Estados Unidos, mas a idéia vale para todo o mundo. A campanha “Testing Together” (Testando juntos) incentiva que integrantes de casais gays façam o teste de HIV juntos.

O casal é chamado para receber os resultados ao mesmo tempo e pessoas treinadas falam sobre sexo seguro, seja qual for o resultado dos exames. O objetivo é promover a honestidade nos relacionamentos e diminuir a propagação do vírus quando um dos parceiros está infectado ou até mesmo a reinfecção (sim, mesmo quando os dois são HIV+ a camisinha precisa ser usada).

O programa foi desenvolvido pelos pesquisadores da Emory University de Atlanta em conjunto com o Howard Brown Health Center de Chicago. Quer-se testar 400 casais até o fim deste ano.

Fonte: Parou Tudo
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Reconhecimento: União entre Gays

Orlando reconhece oficialmente união entre homossexuais

Orlando reconheceu oficialmente nesta quinta-feira a união entre homossexuais, que agora podem se inscrever em um registro para acessar alguns dos direitos legais dos casamentos.

Trata-se do primeiro registro de casais de fato na Flórida Central, criado por uma ordenança que reconhece certos direitos legais dos casais não casados, tanto os homossexuais como os heterossexuais.

O "Domestic Partnership Registry" é um arquivo de domínio público, sob a custódia da cidade de Orlando, que reconhece legalmente alguns dos direitos automaticamente outorgados pelo casamento, como tomar decisões pela outra pessoa no caso de incapacitação, visitá-la em prisões e hospitais, e tomar as providências funerárias.




Também serve para que os casais não casados e com filhos participem com igual direito na educação dos menores.

De acordo com o prefeito de Orlando, Buddy Dyer, o registro é uma prova que a cidade é "uma comunidade inclusiva, na qual todos têm espaço, sem importar sua raça, religião ou orientação sexual".

Dyer também assegurou que a ordenança, aprovada pelo conselho municipal em dezembro de 2011, será um recurso para que Orlando, considerada pela comunidade homossexual internacional como uma das cidades mais amistosas, cultive uma imagem de diversidade.

Essa imagem de diversidade deve "servir como uma ferramenta adicional para o desenvolvimento econômico de nossas comunidades, para atrair novos empregadores que criem trabalhos para todos nossos moradores".

O registro custa US$ 30 dólares e não requer que os casais residam em Orlando, o que de acordo com representantes da Prefeitura abre a possibilidade que a medida se transforme em um atrativo para os milhares de turistas que visitam a região.

"Pensamos que muitos turistas virão à Prefeitura para carimbar suas relações de casal com um simbolismo oficial que, além disso, lhes serviria de proteção em caso de emergência enquanto visitam Orlando", disse à Efe Heather Fagan, assessora de imprensa do prefeito Dyer. 

Preconceito social




Preconceito social faz famílias afegãs criarem meninas como meninos

Quando Azita Rafhat, uma ex-parlamentar afegã, prepara as suas filhas para a escola de manhã, ela veste uma delas de forma diferente.

Três meninas usam roupas brancas e cobrem seus rostos com véus. Mas Mehrnoush, a quarta menina, veste terno e gravata. Na rua, Mehrnoush não é mais uma menina, e, sim, um rapaz chamado Mehran.

Azita Rafhat não teve filhos homens, e para evitar as provocações que famílias assim sofrem no Afeganistão, ela tomou a decisão radical de mudar a criação de Mehrnoush.

Esse tipo de atitude não é incomum no país. Existe até mesmo um termo - Bacha Posh - para meninas que são vestidas como garotos.

"Mesmo que você tenha uma boa posição no Afeganistão e está bem de vida, as pessoas veem você de forma diferente (se não tiver um filho homem). Elas dizem que a sua vida só é completa se você tem um filho", diz Azita.

Sempre houve preferência por meninos no Afeganistão, por motivos tanto econômicos quanto sociais.

O seu marido, Ezatullah, acredita que ter um filho é um sinal de prestígio e honra.

"As pessoas que nos visitavam sempre diziam: 'Oh, lamentamos que vocês não têm um filho.' Então imaginamos que seria uma boa ideia vestir nossa filha assim, já que ela também queria."

Economia
Muitas meninas vestidas de rapazes andam pelas ruas no Afeganistão. Algumas famílias optam por esse caminho para permitir que elas consigam empregos em lugares públicos, como em mercados, já que mulheres não podem trabalhar na rua.


Em alguns mercados de Cabul, um grupo de meninas, com idade entre cinco e 12 anos, se apresenta como meninos e vende água e chiclete. No entanto, nenhuma quis dar entrevista sobre o assunto.

A tradição não dura por toda a vida. Aos 17 ou 18 anos, as jovens voltam a assumir uma identidade feminina. Mas essa mudança não é nada simples.

Elaha mora em Mazar-e-Sharif, no norte do Afeganistão. Ela viveu como menino por 20 anos, porque sua família não tinha filhos homens. Apenas há dois anos, quando entrou na universidade, é que ela passou a se vestir como mulher.

No entanto, ela ainda não se sente totalmente feminina. Alguns de seus hábitos não são típicos de garotas, e ela diz que não pretende se casar.

"Quando eu era criança, meus pais me vestiam de menino porque eu não tinha um irmão. Até recentemente, vivendo como menino, eu saia para brincar com outros garotos e tinha mais liberdade."

Contra sua própria vontade, ela voltou a viver como mulher, e diz que só aceitou voltar porque se trata de uma tradição social. No entanto, ela se diz revoltada com a forma como as mulheres são tratadas pelos seus maridos no Afeganistão.

"Às vezes, eu tenho vontade de me casar e bater no meu marido, só para compensar a forma como as outras mulheres são tratadas em casa."

Fonte: UOL
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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Globo de Ouro premia "gays" e Madonna



Madonna, espirituosa como sempre, conseguiu tirar sarro com apresentador


Noite de estrelas e de arco-íris no Globo de Ouro, prêmio entregue pela Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood aos melhores da tevê e do cinema. A cerimônia, realizada no domingo 15, foi interessante e diversa.

O ator Christopher Plummer ganhou como melhor ator coadjuvante por ter vivido um idoso que se assume gay apenas aos 75 anos no filme “Toda Forma de Amor”. A produção está disponível em Blue Ray e em serviços de locação virtual (preconceito puro não ter passado no cinema no Brasil). Ah, o filme é ótimo! Ativista e tocante!

Como melhor ator coadjuvante de série, mini-série ou telefilme, Eric Stonestreet, que vive um gay com companheiro e filho em “Modern Family” perdeu. Entretanto, a série venceu na categoria de Melhor Série de Comédia ou Musical. Leonardo Di Caprio, que vive um “disfarçado” gay, em “J. Edgar”, filme dramático, também perdeu.

Com tantos gays, não faltou a rainha! Madonna venceu em Melhor Canção por “Masterpiece”, do filme “W.E.”, que ela mesma dirige. A loira também apresentou a categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

Ela, espirituosa como sempre, causou muito risada, especialmente, quando ela tirou sarro do apresentador da premiação, Ricky Gervais. Ele tentou fazer graça dizendo que Madonna se parecia com uma virgem.

Resposta superior de Madonna: “Bom, se eu pareço uma virgem, venha fazer algo a respeito, Gervais. Faz tempo que não beijo uma garota na televisão”!

Suécia mantém esterilização forçada de transexuais

Lei de 1972 determina que transexuais que forem fazer adequação sexual sejam esterelizados.




Partidos de direita e de centro da Suécia conseguiram bloquear um projeto de lei que propunha acabar com a esterilização forçada de transexuais. Os conservadores vitoriosos argumentam que o assunto é legalmente complexo e necessita de mais estudo.

A lei, que data de 1972, determina que uma pessoa para se queira se submeter a um processo de transexualidade deve ser maior de 18 anos, ter nacionalidade sueca, não ser casada e tem de concordar em ser esterilizada.

A Federação Sueca de Direitos LGBT criticou a decisão parlamentar, afirmando que a “estabilidade governamental” venceu o respeito pelos direitos humanos.

“É notável que uma democracia como a sueca acredite que isto deva ser mais analisado”, afirmou Ulrika Westerlund, presidente da associação.

Fonte: Mundo Mais GLS
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Estilista HIV+ faz super calendário pela cura da aids



Super Homem? Eis um super homem. Lindo, delicioso, designer (chegou a participar da quarta temporada do Project Runway), atleta e ativista pelos direitos das pessoas que vivem com HIV, ele mesmo um deles.



É essa pessoa incrível, Jack Mackenroth, que ilustra o calendário que merece, por todos os motivos, estar na parede do seu quarto. O belo reuniu vários fotógrafos top para produzir as imagens. E, simplesmente, 100% da renda vai para um projeto de pesquisa pela cura da aids.



Compre seu “Calendário pela cura” custa 14,95 dólares. Detalhe: todos serão autografados! Ah, se viesse com o telefone…


Fonte: Mundo Mais GLS
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LIVRO: “Mídia, Educação e Sexualidade”

Livro levanta discussão sobre a sexualidade em sala de aula


“Mídia, Educação e Sexualidade”

O conhecimento é chave para um país com uma população tolerante, mas como educar para a diversidade em um Brasil que tem um governo que veta materiais anti-homofobia elaborados por seu próprio ministério, o da Educação (MEC)? Essas e outras dúvidas na relação escola versus homofobia encontram um ponto de apoio teórico importante no livro “Mídia, Educação e Sexualidade” (Syntagma), organizado por Ricardo Desidério e Hertz Wendel de Camargo.

A obra reúne artigos de especialistas no assunto e aborda essa complexa, e ainda hoje complicada, relação entre educar para a diversidade e respeitar as diferenças de cada aluno. Um problema que poderia ser resolvido com uma formação de educadores que também versasse sobre a sexualidade dos meninos e das meninas, quebrando o tabu de se falar de sexo em sala de aula.

Como observa Andréa Cristina Martelli em seu artigo “Práticas docentes e imaginários de sexualidade”, “os cursos de formação de professor e professora não ofertam, em sua grade curricular, um disciplina regular direcionada ao estudo da sexualidade ou da educação sexual”. Ela atenta ainda para o fato de que “o que ocorre em alguma situações são atividades extensionistas sob a forma de cursos”.

É um material rico de ideias e opiniões que podem ser ou pelo menos conter saídas produtivas para se trabalhar o tema do sexo, e da consequente sexualidade, dentro das salas de aula sem ferir a liberdade de cada aluno. “A sexualidade, numa visão ontológica, é essencialmente humana, cujas significações e vivências são determinadas pela natureza, pela subjetividade de cada ser humano e, sobretudo, pela cultura, num processo histórico e dialético”, aponta Eliane Maio na apresentação da obra.

Livro essencial para educadores e gente interessada na questão, “Mídia, Educação e Sexualidade” tem três bons motivos para ser lido apontados a pedido do Mix por um dos organizadores da obra, Ricardo Desidério:

Ricardo: vários nuances da sexualidade

1 - Por meio de múltiplos olhares, as convergências entre Educação, Mídia e Sexualidade são abordadas na obra.
2 - O livro revela os nuances do que ainda hoje é considerado, por muitos, um tabu: a sexualidade humana.
3 - Compõem o corpo autoral do livro, profissionais, pesquisadores e professores universitários ligados às áreas de Educação Sexual, Jornalismo, Publicidade, Cinema, Letras, Psicologia, Pedagogia e Cibercultura.

Tomboy

Filme de garota que se veste e age como menino




Ela se chama Laure (Zoé Héran), mas se apresenta a todos como Mikael. Esse é o grande tema de Tomboy, filme francês de Celine Scianma, que conta a história da pré-adolescente Laure, de 10 anos, que se comporta como menino.

Quando sua família se muda para Paris, Laure adere ao cabelo curto e passa a usar roupas largas. Aos seus novos amigos se apresenta como um garoto, tudo isso com a ajuda de sua irmã, Jenna, que não precisa fazer muito para esconder a sexualidade de Laure, que joga bola melhor que muitos meninos.

A garota é tão convincente no papel de Mikael que chega a começar um namorinho com sua vizinha, Lisa. Mas, com o fim do verão e a volta às aulas, Laure terá que dar adeus a Mikael e revelar toda verdade.

Assista aqui

Fonte: Mundo Mais GLS
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domingo, 15 de janeiro de 2012

Homens devem se vacinar contra HPV


Por alto número de casos de câncer de pênis, homens devem se vacinar contra HPV no Brasil

Lilian Ferreira
Do UOL, em São Paulo



O Ministério da Saúde discute incluir a vacina contra o HPV (papilomavírus humano) no Programa Nacional de Imunização. Se aprovada, a vacina será para meninas de 9 anos a 13 anos, com custo em torno de R$ 600 milhões anuais. Apesar disso, o secretário da Comissão de Doenças Infecto-Contagiosas em Ginecologia e Obstetrícia da Febrasgo, José Eleutério Junior, acredita que a vacina também deveria ser aplicada em homens.

Há uma intensa discussão científica global sobre o público alvo destas campanhas públicas. Isto porque o HPV está relacionado a praticamente 100% dos casos de câncer de colo de útero (o segundo que mais afeta as mulheres), mas também está associado a pelo menos metade dos casos de câncer de pênis.

“No Brasil, em especial, é aconselhável vacinar homens porque a incidência de verrugas é alta. O país é o segundo com maior número de casos de câncer de pênis no mundo. São de 5 a 11 casos para 100 mil habitantes, dependendo da região. Nos EUA, é 0,5 para 100 mil”, explica.

O HPV é a doença sexualmente transmissível mais frequente no mundo. Dados indicam que 80% da população entrou em contato com o vírus alguma vez na vida. Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), 25% das brasileiras estão infectadas, apesar de só 3% a 10% delas desenvolverem um câncer relacionado.

O lado masculino

Um estudo holandês publicado no periódico PLoS Medicine de dezembro de 2011 discute a eficiência das campanhas públicas de vacinação apenas para meninas. As conclusões são de que, apesar de a transmissão de homens para mulheres ser mais ineficiente, o que tornaria a vacinação de homens mais efetiva para reduzir a infecção em todos os níveis, as campanhas atuais têm sido suficientes.

Jeremy D. Goldhaber-Fiebert, professor da Universidade de Stanford, nos EUA, escreveu um editorial sobre o artigo em que afirma que a vacinação masculina não só diminuiria as doenças relacionadas ao HPV diretamente nos homens, como também reduziria a circulação do HPV na população, indiretamente melhorando a proteção das mulheres. Entretanto, o estudo conclui que a melhor estratégia é que a cobertura da vacinação contra o HPV em mulheres seja o mais abrangente possível.

No Brasil, o projeto de lei da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) propõe a vacinação gratuita para mulheres entre 9 a 40 anos, porém o Ministério da Saúde é contra a inclusão da vacina por lei e prevê a vacinação na rede pública apenas para meninas de 9 a 13 anos. Para o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a ampliação do acesso ao exame de papanicolau e a melhoria do tratamento das lesões seriam a melhor solução para as mulheres em idade correspondente com a vida sexual.

O professor americano é contrário a esta ideia e defende a vacinação como o melhor método para combater o câncer de colo de útero. "É melhor prevenir o desenvolvimento do câncer com a vacina. Vale lembrar que muitas mulheres em países em desenvolvimento não tem acesso aos exames [periódicos de papanicolau que detectam lesões pelo vírus]", destacou. Grazziotin lembra que os Estados do Norte do país apresentam as maiores taxas de mortalidade pela doença, exatamente pela falta de acesso ao tratamento.

Vacinas

Existem duas vacinas contra o HPV, a quadrivalente e a bivalente. A quadri cria anticorpos para os dois principais tipos do vírus causadores do câncer (16 e 18) --os mesmos da bivalente --e também para dois tipos que geram verrugas genitais (6 e 11). A vacina protege contra 70% dos casos de câncer de colo do útero.

A maioria dos países adota no sistema público a vacina quadrivalente. O Reino Unido divulgou no final de 2011 que a partir de setembro deste ano irá substituir a vacina dupla (fornecida desde 2008) pela quádrupla. Segundo pesquisa feita na Austrália, houve redução de 90% das verrugas genitais com a vacinação no sistema de saúde do país.

Para Eleutério Junior, é importante também proteger a população contra as verrugas genitais. “Temos cerca de 30 milhões de pessoas com verrugas todo ano no Brasil. Assim, é de interesse geral vacinar não só para prevenir o câncer, como também a própria DST”, conta.

A vacina, hoje só é fornecida na rede privada e custa cerca de R$ 400 a dose. Ela é aplicada em três doses. Para o governo, cada dose deve sair por US$14 mais impostos. Eleutério destaca que a decisão do governo por uma ou outra vacina deve ser pelo preço mais competitivo.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O PAPA


Oswaldo Braga

O papa Bento XVI se reuniu, no início da semana, com o corpo diplomático acreditado no Vaticano. Além dos alertas sobre as ameaças à paz mundial e as crises econômicas internacionais, ele se mostrou preocupado com a educação dos jovens e apontou algumas diretrizes e condicionantes.

Seu discurso surpreende em algumas partes. Segundo o chefe da Igreja Católica Romana, hoje com mais de 1,3 bilhões de membros em todo o mundo, a melhor maneira de avançar na educação dos jovens é "através do reconhecimento da dignidade inalienável de cada pessoa humana e de seus direitos fundamentais". Surpresa ao ouvir o papa falar em avanços, enquanto chefia uma instituição que se recusa a avançar em conceitos fundamentais como o planejamento e os novos arranjos familiares. Evidente que sua santidade e sua equipe não consideram como fundamental o direito à livre orientação sexual e condenam ao celibato qualquer um que não se enquadre no padrão reprodutivo heterossexual.

O papa alerta para a necessidade de algumas definições no processo educativo, entre elas, o conceito de família, "fundada sobre o matrimônio de um homem e uma mulher". Assim, a Igreja reafirma sua campanha internacional contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que, já há algum tempo, materializa-se em protestos e mensagens aos governantes e legisladores de todo o mundo.

Em seu discurso, o papa ressalta que a família "não é uma simples convenção social, mas, sim, a célula fundamental de toda sociedade. Consequentemente, as políticas que minam a família ameaçam a dignidade humana e o futuro da própria humanidade", completou.

Bento XVI, além de orientar as bases para uma educação católica em todo o mundo, reforça para a Igreja o papel de orientadora das bases educacionais. "A Igreja Católica sempre foi particularmente ativa no campo da educação, ao lado das instituições estatais. A minha esperança é que essa contribuição seja reconhecida e valorizada também pela legislação de várias nações", salientou.

Existe o temor de que os católicos educadores infiltrados no poder se deixem levar por essa tentativa de cada vez mais misturar o que são crenças religiosas com políticas públicas. Isso só divide, exclui e polemiza.

Camisinha sempre!

O preconceito no armário

O preconceito fica guardado nas gavetas das coisas ditas e ouvidas. Até que sai de forma irracional

=Ruth de Aquino=
Colunista Revista Época

Ele está ali no meio das roupas que vestimos a cada dia. Invisível, sem cheiro. É como se fosse uma caspa que só os outros enxergam. O preconceito fica guardado nas gavetas das coisas ditas e ouvidas, em casa, na escola, no trabalho. Escondemos, por vergonha. Ou, o que é pior, nos recusamos a reconhecer que ele existe. Até o momento em que o preconceito sai do armário de forma irracional.
Foi o que aconteceu na USP com um PM, o sargento André Ferreira. O sargento parecia uma pessoa normal, dialogando com universitários que ocupavam um espaço da universidade. Pedia que se retirassem dali. De repente, viu ao fundo um rapaz negro, com cabelo rasta, de tranças longas. O sargento se transformou num ogro. “E você aí, é estudante? Cadê a carteirinha?”, perguntou. O rapaz respondeu: “Sou. Dou a minha palavra”. Mas não mostrou documento.
O sargento se descontrolou: apontou a arma, puxou-o pelos cabelos e pela roupa, empurrou, agrediu e o enxotou. No fim, Nicolas Menezes Barreto tirou a carteira de estudante da USP do bolso. O vídeo (assista no blog Bombou na Web) é de uma brutalidade que atinge qualquer um que tenha noção de direitos humanos. A Polícia Militar afastou o sargento por despreparo e descontrole emocional.
Mas por que o rapaz negro não mostrou logo o documento que o policial branco exigiu? Insolente, não conhece o seu lugar. É o que muita gente boa diz por aí. Entendo a reação do estudante à atitude ofensiva do PM. Foi uma cena de preconceito racial explícito. O sargento não teria agido assim com um branco. Nicolas sabia disso. Deve ter sido a enésima vez em que enfrentou suspeita pela cor da pele.
Por muito menos, já me recusei a mostrar a carteira de jornalista. Cobri como repórter a temporada de Fórmula 1 em 1990. A cada corrida, eu era abordada por fiscais do autódromo nos bastidores. Os fiscais não pediam a credencial de meus colegas homens. No terceiro país em que isso se repetiu, eu estava acompanhada de um amigo sem a credencial adequada. O fiscal exigiu meu documento. Eu disse: “Não vou mostrar. Vá pedir ao Bernie Ecclestone (o homem forte da F-1)”. Era evidente que, só por eu ser mulher, eles desconfiavam que eu fosse uma maria gasolina da vida. Depois de um tempo, irrita. Esse e outros episódios me revelaram que eu trafegava muitas vezes numa pista masculina.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Homofobia começa em casa




Violência

Levantamento feito por ONG mostra que 22% dos casos de agressão acontecem em ambiente familiar

Na noite do primeiro dia do ano, um estudante universitário de 20 anos, da região do Vale do Aço, foi atacado com socos e golpes de cinto em seu rosto. O agressor foi sua própria mãe, ao descobrir que o rapaz era homossexual. "Ela chorou e disse que eu tinha destruído a vida dela. Ficou com uma ira que eu nunca vi e disse que eu ia morrer", contou o aluno de administração, que acaba de entrar para uma estatística de preconceito e intolerância.


Os casos de violência motivados pela orientação sexual de um membro da família não são raros. Um levantamento feito pelo Centro de Referência da Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais Travestis e Transexuais) do Rio de Janeiro mostra que grande parte dos homossexuais que sofrem agressão é vitimada no ambiente familiar. Dos 5.070 atendimentos realizados pela entidade, entre julho de 2010 e julho de 2011, 22,4% se tratavam de agressões sofridas em casa, sendo pais, mães e outros parentes os principais autores dos ataques.


Em Minas Gerais, não há estatísticas sobre o assunto, mas o coordenador do Centro de Referência pelos Direitos Humanos e Cidadania LGBT da capital, Carlos Magno, avalia que o dado é preocupante. "É preciso ter uma ação urgente para mudar isso", afirmou.

Acostumada a atender homossexuais em situação de vulnerabilidade, a psicóloga Dalcira Ferrão explica que uma agressão homofóbica sofrida dentro de casa pode ter consequências ainda mais graves para a vítima. "A pessoa fica sujeita a depressão, isolamento social e até suicídio", explicou.


A primeira atitude tomada pelo jovem universitário depois de apanhar da mãe foi sair de casa. "Peguei R$ 100 emprestados com minha irmã e voltei para Belo Horizonte", contou. Ele disse que não quis acionar a polícia e nem foi ao médico, apesar dos hematomas que teriam ficado no peito e no rosto. A mãe, segundo ele, tomou as chaves do apartamento onde ele morava na capital e os cartões de crédito. "Foi uma humilhação emocional grande", disse o estudante.


Procurada pela reportagem, a mãe não quis comentar a versão do filho. "Não tenho nada contra a escolha. Mas aceitar (a homossexualidade do filho) depende da minha religião", disse ela.


O episódio familiar é um dos lados de uma realidade de intolerância presente em Minas Gerais. Balanço do Grupo Gay da Bahia (GGB) revela aumento no número de assassinatos de homossexuais no Estado: 18 gays foram mortos em 2010, enquanto 21 foram assassinados no ano passado. O aumento foi de 16%. "A homofobia é tão impregnada que há mães que preferem que o filho seja bandido ou morra a ser gay", avalia o antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB. O levantamento refere-se apenas a assassinatos.

Amigos organizam festa em apoio a jovem


Foi no boca a boca que a agressão homofóbica sofrida pelo estudante virou assunto na capital. O fato chegou ao conhecimento de amigos de amigos e rapidamente uma rede de ajuda foi formada em Belo Horizonte. Através das redes sociais, uma festa foi organizada para arrecadar fundos em apoio ao universitário, que começou ontem em um novo emprego.


"Fiquei chocado quando soube e pensei em uma forma de conseguir dinheiro para ajudar. Disseram que ele não tinha nem lugar para morar", disse o jornalista Rafael Sandim, 21, organizador da festa.


O evento acontece hoje, a partir das 23h. Metade do valor arrecadado na portaria será destinado ao estudante. O local: avenida Getúlio Vargas, 1.423, Savassi. Entrada a R$ 15. (RRo)

PRECONCEITO
Minas é o quarto Estado em número de homicídios
Os 21 gays assassinados em 2011 em Minas deixam o Estado no quarto lugar entre os que mais registram mortes por atos homofóbicos. Os homicídios por intolerância ainda são em maior número na Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. As estatísticas podem ser ainda maiores, já que o Grupo Gay da Bahia (GGB), entidade que realiza o levantamento anual, registra apenas casos que foram divulgados pela imprensa.


O bom relacionamento entre pais e filhos homossexuais é tido como fundamental para evitar atos de violência dentro da família, segundo a integrante do grupo Mães pela Igualdade Jiçara Martins, 61. O grupo é composto por mães de gays que oferecem apoio aos pais que descobrem a homossexualidade dos filhos. "Acho que deixar a verdade prevalecer é sempre a melhor opção. Tem casos de pais que, ao saber que o filho é gay, têm reação momentânea e explodem, mas a gente tenta ajudar", disse. Além da violência física, ela relata casos comuns de agressões verbais. "Tem a violência velada, comentários, olhares. Isso pode levar uma pessoa ao suicídio", afirmou.


O maior entrave na aceitação familiar, segundo Jiçara, é o medo que os pais têm de assumir que o filho é homossexual. "Tirar os pais do armário é o mais complicado".(RRo)

Contato com o Grupo SHAMA
3210-2124

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MINIENTREVISTA COM O RAPAZ
Agredido pela mãe

"Ela me mandou ler a Bíblia em voz alta"

Por que aconteceu a agressão?

Minha mãe descobriu que eu sou gay, acabou me espancando e me colocando para fora de casa.


Como ela descobriu que você é homossexual?

Eu estava em casa usando a internet. Fui atender o telefone e, quando voltei, minha mãe tinha mexido no meu computador. Ela tinha visto as mensagens que troquei com meu atual namorado.


Como ela te agrediu?

Me bateu com um soco na cara e com o cinto no meu rosto. Tentou me enforcar e fiquei horas sem água, sem comida e sem poder ir ao banheiro.


Ela trancou você em casa?

Não, mas me impediu de sair. Ficava me vigiando o tempo todo.


O que ela lhe disse?

Ela me mandou ler a Bíblia em voz alta para ela ouvir, me humilhou, me xingou, disse que eu ia morrer e que só sairia da casa dela para o cemitério. (RRo)

Fato ocorrido em Belo Horizonte, mas pode acontecer com você ou conhecido.
Denuncie atos de homofobia.

DISQUE 100

Fonte: O Tempo

Livro: O amor é a cura!



Elton John escreverá seu relato pessoal sobre a AIDS, o qual deverá ser publicado em julho deste ano.

Elton John vai escrever um relato pessoal sobre sua vida durante a epidemia de AIDS, inclusive sobre sua amizade com o vocalista do "Queen", Freddie Mercury, que morreu aos 45 anos, de uma doença relacionada à AIDS, em 1991.

O músico de "Rocket Man" fundou a "Aids Elton John" há cerca de 20 anos, uma fundação criada para levantar fundos para ajudar no combate à doença. A renda obtida com "LOVE IS THE CURE: Ending the Global Aids Epidemic" (O AMOR É A CURA: Acabando com a epidemia global de AIDS) vai para a caridade.

Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira (9), a editora Hodder&Stoughton prometeu "uma história muito pessoal da... vida de Elton durante a epidemia de AIDS, inclusive sua agonia em ver amigo atrás de amigo perecendo desnecessariamente".

Entre as pessoas que o relato descreve estão Mercury e Ryan White, um menino norte-americano que se tornou "criança-símbolo" do HIV/AIDS, após ser expulso da escola por sua condição. Segundo relatos da época, John estava com White quando ele morreu em um hospital norte-americano em 1990, aos 18 anos.

Essa é uma doença que deve ser curada não por uma vacina milagrosa, mas mudando mentes e corações, e através de um esforço coletivo para romper as barreiras sociais e erguer pontes de compaixão, disse John. Por que não estamos fazendo mais? Essa é uma questão sobre a qual pensei muito e que desejo responder -e ajudar a mudar- escrevendo este livro.

Cerca de 34 milhões de pessoas no mundo tinham o vírus da imunodeficiência adquirida (HIV) em 2010, 17% a mais do que em 2011, quando 28,6 milhões conviviam com o HIV.

Segundo o comunicado da Hodder, o HIV/AIDS já matou 60 milhões de pessoas. A Hodder & Stoughton adquiriu LOVE IS THE CURE com a 'empresa irmã' norte-americana Little, Brown and Company.

O relato deverá ser publicado no mês de julho, para coincidir com a "19ª Conferência Internacional da AIDS 2012", que será realizada em Washington.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Imunização

Saúde amplia faixa etária para vacinação de Hepatite B



A partir deste ano, pessoas com até 29 anos poderão se vacinar contra essa doença que em 70% dos casos não apresenta os sintomas, mas pode se tornar crônica

O Ministério da Saúde amplia a partir desse ano a faixa etária para vacinação contra a hepatite B. No ano passado, a idade limite para vacinação passou de 19 para 24 anos. Em 2012, o público-alvo será ampliado para pessoas de até 29 anos. A medida vale a partir deste mês. Para isso, em 2011, o Ministério da Saúde ampliou em 163% o quantitativo de vacinas compradas para a hepatite B – 83,2 milhões.

O SUS oferece a vacina para hepatite B para grupos mais vulneráveis, independentes de faixa etária, como gestantes, manicures, pedicures, podólogos, caminhoneiros, bombeiros, policiais civis, militares e rodoviários, doadores de sangue e coletores de lixo domiciliar e hospitalar. A utilização da vacina previne hepatite B, possibilitando eliminá-la como problema de saúde pública.

Em 2009, foram confirmados 14.601 casos da doença, totalizando 94.044 casos acumulados entre 1999 e 2009. De acordo com critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), a frequência de casos encontrados da hepatite B pode ser considerada baixa no Brasil.

Segundo o Inquérito Nacional de Hepatites Virais, finalizado em 2010, os dados mostram que, no conjunto das capitais brasileiras e no Distrito Federal, o percentual da população entre 20 a 69 anos que tem ou já teve hepatite (prevalência) foi de 0,6 % para o vírus B. Mais de 26 mil pessoas participaram da pesquisa – 6.468 fizeram teste para hepatite A e 19.634 realizaram exames para detectar os vírus B e C. Como a população residente no conjunto das capitais representa 23,8% da população total do país – mais de 45 milhões de habitantes - o estudo é um retrato aproximado da prevalência das hepatites virais no Brasil. A estimativa de prevalência a partir do estudo para a população brasileira geral é de 800 mil pelo vírus B.

A hepatite B é uma infecção do fígado que nem sempre apresenta sintomas e pode tornar-se crônica. Cerca de 70% dos adultos expostos ao vírus da hepatite B não apresentam sintomas. Somente 30% apresentam os sintomas da forma aguda. Dos adultos infectados cerca de 5% a 10% terão hepatite B crônica, daí a importância da extensão da faixa etária dessa vacina no SUS. A transmissão pode ocorrer pela relação sexual desprotegida, pelo compartilhamento de objetos contaminados como: lâminas de barbear e de depilar, escovas de dente, alicates de unha, materiais para colocação de piercing e tatuagens, instrumentos para uso de drogas, acidentes com exposição a material biológico e procedimentos cirúrgicos, odontológicos e de hemodiálise, em que não se aplicam as normas adequadas de biossegurança.

Mais informações
Atendimento à imprensa
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Tel: (61) 3306 7051/7010
Cel: (61) 9221-2546
Site: www.aids.gov.br
E-mail: imprensa@aids.gov.br

PAPA BENTO XVI - será que ele é ? será que ele é!




Bento XVI e as ameaças contra a humanidade (Coluna de Jean Wyllys na Carta Capital)

O papa Bento XVI disse que o casamento homossexual “ameaça o futuro da humanidade”.

Eu pensava que o que o ameaçava eram as guerras (muitas delas étnicas ou religiosas), a fome, a miséria econômica, a desigualdade e as injustiças sociais, a violência, o tráfico de drogas e de armas, a corrupção, o crime organizado, as ditaduras de todo tipo, a supressão das liberdades em diferentes países, os genocídios, a poluição ambiental, a destruição das florestas, as epidemias… Porém o papa, mesmo ciente de todos esses males e consciente de que sua instituição – a Igreja Católica Apostólica Romana – contribuiu com muitos deles ao longo da história ocidental, disse que a humanidade é ameaçada pelo fato de dois homens ou duas mulheres se amarem e, por isso, decidirem construir um projeto de vida comum e obter o reconhecimento legal dessa união para gozar de direitos já garantidos aos heterossexuais.

O amor e a felicidade como ameaças contra a humanidade: foi o que afirmou Bento XVI.

O amor, uma ameaça?!

Dentre todos os desatinos do papa, este foi o que mais me chocou. Talvez porque sua afirmação estapafúrdia e anacrônica tenha violado diretamente a minha dignidade humana de homossexual assumido e orgulhoso de minha orientação sexual e de minha formação científica (sim, porque a afirmação de Bento XVI parte da crença absurda de que o casamento civil igualitário vai transformar todos os homens e mulheres em homossexuais e vai impedir que todas as mulheres da Terra recorram às técnicas de reprodução artificial).

Ora, o amor, como a fé, é inexplicável: sente-se ou não. Não há dicionário que possa defini-lo; só o poeta pode dizer alguma coisa a respeito — fogo que arde sem se ver, ferida que dói e não se sente — mas para entendê-lo é preciso sentir tudo aquilo que o papa, os cardeais, os bispos e os padres, pelas regras do trabalho que escolheram desde jovens, são proibidos de sentir – seja por outro homem, seja por uma mulher.

Talvez por isso eles não entendem.

Mas o amor nunca poderia ser uma ameaça para a humanidade; antes, sim, uma salvação para os seus piores males, um antídoto contra os venenos que a intoxicam, uma vacina contra as doenças que a afligem. O papa está errado de cabo a rabo. Ele não entendeu nada mesmo.

Contudo, mesmo não entendendo, ele deveria ter um pouco de responsabilidade. Suas palavras têm poder, influência, entram na cabeça e no coração de milhões de pessoas no mundo inteiro. Ele poderia usá-las para fazer o bem. Em vez de dedicar tanto tempo e esforço a injuriar os homossexuais — eu confesso que não consigo entender o porquê dessa obsessão que ele tem com a gente — o papa poderia se colocar na luta contra os verdadeiros males que ameaçam, sim, a humanidade. Esses que matam milhões, que arruínam vidas, que condenam povos inteiros.

Bento XVI não pode continuar difundindo o ódio e o preconceito contra os gays. Ele não pode dizer que nós, só por amarmos, só por reclamarmos que o nosso amor seja respeitado e reconhecido, somos “uma ameaça”. Aliás, porque esses tipos de frases têm uma história. “Os judeus são a nossa desgraça!” (“Die Juden sind unser Unglück!”), disse o historiador Heinrich von Treitschke, e essa desgraçada expressão, publicada na revista alemã Der Sturmer e logo usada como lema pelos nazistas, deu no que deu. Nós, homossexuais, também sabemos disso: o nosso destino na Alemanha nazista, onde Bento XVI passou sua juventude, era o mesmo dos judeus, só que em vez da estrela de Davi, o que nos identificava nos campos de concentração era o triângulo rosa.

A tragédia do nazismo deveria ter servido para aprender que o outro, o diferente, não é uma ameaça, nem uma desgraça, nem o inimigo. E nós, homossexuais, não ameaçamos ninguém. O nosso amor é tão belo e saudável como o de qualquer um. E merecemos o mesmo respeito e os mesmos direitos que qualquer um.

Da mesma maneira que acontece agora com o “casamento gay”, o casamento entre negros e brancos — chamado, na época, “casamento inter-racial” — já foi considerado “antinatural e contrário à lei de Deus” e uma ameaça contra a civilização. Numa sentença de 1966, um tribunal de Virgínia que convalidou sua proibição usou estas palavras: “Deus todo-poderoso criou as raças branca, negra, amarela, malaia e vermelha e as colocou em continentes separados. O fato de Ele tê-las separado demonstra que Ele não tinha a intenção de que as raças se misturassem”. O casamento entre alemães “da raça ária” e judeus também foi proibido por Hitler. Até os evangélicos tiveram o direito ao casamento negado em muitos países durante muito tempo, porque eram, também, uma ameaça para a Igreja Católica. Parece que alguns pastores não se lembram, mas foi assim.

Na Argentina, que em 2010 aprovou o casamento igualitário, a primeira grande reforma ao Código Civil, no século XIX, foi impulsionada pela demanda dos protestantes, que reclamavam o direito a se casar. Vários casais não católicos se apresentaram na Justiça, como agora fazem os homossexuais. Quando o país aprovou a lei de criação do Registro Civil e, depois, o matrimônio civil, em 1888, houve graves enfrentamentos entre o governo argentino e a Igreja Católica, que incluíram a quebra das relações diplomáticas com o Vaticano. No Senado, um dos opositores ao matrimônio civil disse que, a partir de sua aprovação, perdida a “santidade” do matrimônio, a família deixaria de existir. A lei foi chamada de “obra-mestra da sabedoria satânica” por monsenhor Mamerto Esquiú, que disse sobre os governantes argentinos da época que “amamentam-se dos peitos da grande prostituta, a Revolução Francesa”. Todas as predições apocalípticas que foram feitas contra a lei de matrimônio civil, no entanto, não se cumpriram. Anunciaram, garantiram que o mundo ia se acabar… mas o mundo não se acabou.

Passou-se mais de um século, mas as discussões são as mesmas. Os argumentos são os mesmos. E o papa Bento XVI continua sem entender. Não entende, tampouco, que o casamento civil e o casamento religioso são duas instituições diferentes. O casamento civil está regulamentado pelo Código Civil, que pode ser modificado pelo Congresso, já o casamento religioso depende das leis de cada igreja: por exemplo, o casamento católico é diferente do casamento judeu.

O casamento religioso é feito na igreja, templo, mesquita ou terreiro; o civil, no cartório. Para celebrar o casamento religioso na Igreja católica, os noivos devem ser batizados ou fazer um juramento supletório do batismo e devem realizar um curso prévio na igreja – o que não é necessário para o casamento civil, que pode ser celebrado por pessoas de qualquer religião ou por ateus. O casamento religioso, na maioria das igrejas cristãs, é indissolúvel – já o civil admite o divórcio.

Em conseqüência, uma pessoa pode se casar na Igreja apenas uma vez na vida, mas pode casar quantas vezes quiser no cartório, desde que seja divorciada. O casamento religioso, para que produza efeitos jurídicos, deve ser registrado no cartório – os efeitos jurídicos do casamento civil são imediatos. E essas são apenas algumas das muitas diferenças que existem entre o casamento civil e o religioso…

O que nós, homossexuais, reclamamos é o direito ao casamento civil. O projeto de emenda constitucional (PEC) que estou impulsionando no Congresso não mexe em nada com casamento religioso, cujos efeitos jurídicos são reconhecidos no art. 226 § 2 da Constituição, que se manterá inalterado. Meu projeto legaliza o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, mas nada diz sobre o casamento religioso. Da mesma maneira que o Estado não deve interferir na liberdade religiosa, as religiões não devem interferir no direito civil. Este último é uma instituição laica, que deve atender por igual as necessidades daqueles e daquelas que acreditam em Deus — em qualquer Deus ou em vários Deuses — e também daqueles e daquelas que não acreditam.

Chegará o dia no qual uma criança irá à biblioteca da escola para procurar, nos livros de história, alguma explicação sobre um fato surpreendente que o professor comentou em sala de aula: “Até o início do século 21, o casamento entre dois homens ou duas mulheres não era permitido”. Para o nosso pequeno cidadão, essa antiga proibição resultará tão absurda como hoje nos resulta a proibição do casamento entre negros e brancos, ou do voto feminino. E se ele descobrir, na biblioteca, que houve um dia em que um papa disse que o casamento gay ameaçava a humanidade, provavelmente sentirá a mesma repulsa que nós sentimos ao lermos a desgraçada frase de von Treitschke.

Bento XVI deveria pensar se ele quer passar à história dessa maneira. Ainda está em tempo.

Tomara que algum dia ele seja capaz de entender e aceitar o amor — qualquer maneira de amor e de amar — e fazer aquilo que Jesus Cristo pregava: “Amarás ao próximo como a ti mesmo”.



Jean Wyllys
Jornalista e linguista, é deputado federal pelo PSOL-RJ e integrante da frente parlamentar em defesa dos direitos LGBT.

Link:
http://www.cartacapital.com.br/sociedade/bento-xvi-e-as-ameacas-contra-a-humanidade/?autor=407

ESPORTE - Orgulho LGBT



Olimpíadas de Londres terá pavilhão LGBT

Olha que prestígio! Londres terá este ano, durante as Olimpíadas, um pavilhão dedicado aos LGBT. O local funcionará durante 17 dias a partir de 26 de julho.

Chamado de Pride House London (Casa do Orgulho de Londres), o centro tem previsão de atrair 250 mil pessoas e contará com atividades e artísticas voltadas ao público arco-íris, além de esportivas, claro, com um telão gigante que transmitirá as competições.

“No próximo verão, a Casa do Orgulho de Londres dará as boas-vindas com um programa de entretenimento a atletas, figuras públicas, meios de comunicação, londrinos e visitantes de todo o mundo em apoio à comunidade LGBT”, disse Chan Mölleken Chan, diretor-executivo do local.

Rio de Janeiro, fica a dica, ok?

E o arco-íris não está só no pavilhão. O primeiro vídeo de divulgação dos mascotes dos jogos (Wenlock e Mandeville) chama-se simplesmente “Além do arco-íris”. E é desse fenômeno multicolorido que surge a vida de ambos! Fofo, né?

Assista Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=KatN365jaBg&noredirect=1

Fonte: Parou Tudo GLS

CINEMA


Paródia de Crepúsculo tem romance gay
Filmes badalados em Hollywood costumam ganhar paródias e não foi diferente com “A Saga Crepúsculo: Amanhecer”. A versão bem-humorada ganhou o título de “A Saga Molusco: Anoitecer” e é dirigida por Craig Moss.

A comédia inclui um triângulo romance gay entre o vampiro Edward e o lobisomem Jacob, com direito a um beijo. O filme tem estreia prevista para 2 de março no Brasil.

Fonte: Parou Tudo GLS