quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A HOMOFOBIA ESTA BATENDO À NOSSA PORTA


A HOMOFOBIA ESTA BATENDO À NOSSA PORTA
Alexandre Böer*

Se você pensa que é só na av. Paulista que isso acontece, está muito enganado. A cada dia, mais e mais casos brotam por todo o país. Só em janeiro deste ano foram registrados 36 assassinatos e no ano passado 260 mortes foram computadas pelo movimento LGBT, isso sem cortar as agressões que não resultam em mortes, mas causam dor, sofrimento, insegurança, cicatrizes que nunca curam, além do sentimento de impunidade.

No último domingo, 5, o jovem Willian dos Santos, 20 anos foi assistir a um filme na última sessão de um cinema no bairro Cidade Baixa da capital gaúcha e quando se dirigia para sua casa, próximo da UFGRS, dois rapazes começaram a xingá-lo de “viado”, o agrediram com socos e pontapés e ainda furtaram alguns objetos pessoais dele.

O resultado foi a perda de quatro dentes, lesões corporais graves, cortes e a perda dos sentidos. Os bandidos sequer levaram seu celular de última geração, o que comprova que os motivos que levaram à violência não foi para tirar alguns bens, mas sim, a homofobia, como consta no boletim de ocorrência registrado no Palácio da Polícia em Porto Alegre.

Quantos gays, travestis e lésbicas precisarão ter seus rostos desfigurados ou suas vidas ceifadas para que o Congresso Nacional aprove uma lei que torne a homofobia um crime, assim como o racismo?

Os índices estão crescentes e assustadores e esta população está cada vez mais vulnerável, além de estar sendo impedida de usufruir o direito de ir e vir livremente. É importante que se diga que este não é apenas um problema de segurança pública ou de falta de legislação, mas o Estado precisa estar mais atento e dar respostas urgentes e efetivas para combater estes crimes.

*Boer é jornalista, com especialização pela UFRGS em comunicação em saúde e sócio fundador do Grupo SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade

Fonte: Facebook

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