terça-feira, 1 de março de 2011

Estupro homofóbico



O Jornal da Manhã, de Uberaba, versão on line (www.jmonline.com.br)em 28 de fevereiro de 2011, noticiou o estupro de uma estudante de 20 anos dentro de uma boate, na noite do último domingo de fevereiro. A matéria, assinada por Hedi Lamar Marques, informa que a vítima R.S.T. foi encontrada dentro de um cômodo escuro com as roupas sujas de sangue, fornece detalhes sobre o acontecimento, o autor, a ação policial e o endereço do caso. O bastante para se pensar que se tratou de mais um caso de selvageria sexual uberabense, mineira, brasileira... Nenhuma vírgula sobre o fato de se tratar de uma boate GLS, por que será? A quem interessa omitir que se tratou também de violência homofóbica? Claro, interessa a todos os preconceituosos de plantão, dentro e fora dos jornais, dos quadros policiais, judiciais e políticos da região. Consciente ou não, é uma forma de enfraquecer as justificativas de uma das mais caras reivindicações do movimento LGBT brasileiro: Uma Lei que puna a homofobia com a mesma força da lei que pune o racismo e crimes hediondos. E o que aconteceu dentro da boate em Uberaba é o quê? A Associação Shama se solidariza com a estudante, seus familiares e amigos, e exige a criminalização do responsável pela intolerável barbaridade.

Um comentário:

  1. Como é que vocês sabem que foi um estupro “homofóbico”?! Como é que vocês sabem que o criminoso era um homofóbico ao invés de simplesmente um louco tarado? Só porque a boate em si era GLS? Aliás, como é que vocês sabem que a vítima era gay? Quantos heterossexuais (casais, inclusive) vão a boates gays?

    ResponderExcluir