Pessoal,
No dia 18 haverá pelo país todo a Marcha pela Liberdade, importante que todas e todos se organizem e vamos invadir as ruas de Uberlândia, a exemplo da Parada Gay. A concentração será as 14hs na Praça Tubal Vilela. Venha "montado(a)", traga sua bandeira do arco íris, sua faixa de protesto. Vamos mostrar para sociedade que "SOMOS DE LUTA", e que LGBT também sabe reivindicar e buscar seus direitos.
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!!!
"Mãe, eu te amo. (…) a tia Luísa é tudo pra mim: quando olho pra ela, fico com muita vontade de chorar e de abraçá-la, também. Mãe, eu não sei explicar por que estou fazendo isso".
Foi assim que Yago Marin, de 14 anos, se despediu da mãe. Ele não aguentou o assédio na escola que frequentava em São Paulo, onde os colegas batiam nele e o chamavam de "bicha", de "viado", e cumpriu a promessa feita à avó: se matou.
Para evitar novos casos de suicídio nas escolas, é necessário ensinar aos estudantes que colegas lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) merecem respeito, e que a orientação sexual e identidade de gênero não justificam discriminação nem agressão de qualquer tipo.
O kit "Escola sem Homofobia" consiste, simplesmente, em vídeos e material impresso que poderão ajudar professores a ensinar seus estudantes que LGBTs devem ser respeitadas. O material destina-se a adolescentes a partir de 14 anos, resulta de um longo processo de discussão e foi aprovado por organismos nacionais e internacionais. Os vídeos não contêm cenas de sexo ou beijo, não estimulam qualquer tipo de comportamento sexual e se limitam a humanizar um garoto bissexual, uma transexual e um casal de lésbicas.
Lamentavelmente nossa presidenta cedeu à chantagem da bancada fundamentalista religiosa, suspendeu a distribuição do kit e criou uma instância no poder executivo para que "interessados" avaliem os materiais que tratem de "costumes", pondo assim a República de joelhos frente a esses oportunistas, que rasgam a Constituição e governam com a bíblia.
O kit, porém, não é suficiente. Em 2010, até onde se sabe, 260 pessoas foram assassinadas no Brasil por serem o que são: LGBTs. É também necessário educar a sociedade coibindo esses crimes bárbaros. Não é possível admitir que se possa ofender, discriminar e incitar o preconceito a quase 20 milhões de brasileiros impunemente – é preciso criminalizar a homofobia nos termos do Projeto de Lei da Câmara 122/2006.
Novamente certos religiosos tentam confundir a opinião pública, clamando por uma liberdade de expressão absoluta que não existe em nosso ordenamento. A liberdade de consciência e de crença estão asseguradas na Constituição Federal, mas não é possível tolerar um discurso que classifica a homossexualidade como um perigo à sociedade e que pode levar à violência contra essas pessoas.
Não se trata de calar os que professam sua fé, muitos dos quais são pessoas íntegras e honradas, mas de impedir que alguns maus religiosos utilizem-se da mídia e dos mandatos que lhe foram confiados para propagar seus discursos manipuladores, baseados em mentiras, que estimulam o ódio não só às LGBT, mas também a outros grupos, como os seguidores de religiões de matriz africana. Esses parlamentares abusam de seu direito de expressão e minam a própria base da democracia, que é o respeito ao outro, independentemente das diferenças. Esses maus religiosos e maus congressistas querem obter o máximo poder político e impor como devemos viver!
A oposição ao kit "Escola sem Homofobia" e à criminalização da homofobia é uma ignorância absurda! Veja os vídeos na internet, conheça o projeto de lei que criminaliza a homofobia (PLC 122) e exija o apoio dos parlamentares de seu estado. Ajude a evitar que outras crianças e adolescentes tirem suas próprias vidas e que LGBTs sigam sendo agredidos e assassinados.
Mais informações: www.plc122.com.br
Se você quer entender a importância da separação entre Estado e religião, mesmo sendo heterossexual, visite: http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=65&sg=0&id=2400
Orkut: comunidade "homofobia já era"
Facebook: "Ato Anti-Homofobia"
*Foto de Zanane Fraissat.
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