segunda-feira, 30 de março de 2009
Agressor de universitário gay é expulso do alojamento da UFMG
Em resposta a um pedido de providências da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a UFMG afirmou que o aluno pode receber sanções dentro da universidade se for constatado que agiu motivado por homofobia.
O estudante, que diz ter sido agredido fisicamente, também teria contado que o agressor o chamou de “bichinha” e “viadinho”. Além da comissão disciplinar montada na universidade para avaliar melhor o caso, estão agendadas manifestações, organizadas pelo Gudds (Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual), com o objetivo de “chamar atenção para a invisibilidade com que são tratados os casos da homofobia dentro e fora da academia".
Retirado do site: G.Online
domingo, 29 de março de 2009
Cidadania LGBT - Protocolado projeto de lei que propõe União Estável entre pessoas do mesmo sexo
Resultado de dois anos de debate, foi protocolado hoje (25/03) o Projeto de Lei nº 4914/2009, de União Estável entre pessoas do mesmo sexo (abaixo). A ação é uma iniciativa da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) por meio do Projeto Aliadas, e da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, com seus 247 deputadas(os) e senadoras(es) , nessa ação, representada pelos deputados federais José Genoíno (PT/SP), Raquel Teixeira (PSDB/GO); Manuela D’Ávila (PCdoB/RS); Maria Helena (PSB/RR); Celso Russomanno (PP/SP); Ivan Valente (PSOL/SP); Fernando Gabeira (PV/RJ); Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP); Solange Amaral (DEM/RJ); Marina Maggessi (PPS/RJ); Colbert Martins (PMDB/BA); e Paulo Rubem Santiago (PDT/PE).
A proposta do projeto foi finalizada durante o 2º Seminário de Advocacy do Projeto Aliadas, realizado pela ABGLT em parceria com a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República - SEDH, em Brasília, no último mês de novembro. Contou com a colaboração de representantes do movimento LGBT de todos os estados brasileiros, da diretoria da ABGLT, da Articulação Brasileira de Lésbicas, da Articulação Nacional de Travestis e Transexuais, da ABRAGAY, E-jovem, além de outros especialistas representantes do movimento. “Esse é um projeto substitutivo ao da ex-deputada Marta Suplicy. Queríamos que esse expressasse diretamente a voz do movimento e reunisse em sua concepção as idéias de vários representantes da Frente”, relata Toni Reis, presidente da ABGLT.
Reis também destaca que o projeto não se converterá em casamento. “O que queremos é a garantia de direitos civis, como herança e pensão”, explicou. Para o advogado da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro, Roberto Gonçale, a aprovação da proposta vai resolver várias questões de direitos pendentes. O advogado Paulo Mariante, consultor jurídico da ABGLT, ressalta a importância desta nova proposição pelo fato de que ao invés de buscar a criação de um novo instituto jurídico – união ou parceria civil – trabalha com a equidade entre os direitos de heterossexuais e homossexuais, do ponto de vista da união estável.
Para José Genoíno, integrante da Frente Parlamentar pela Cidadania LGBT, “foi fundamental a articulação da ABGLT e da Frente na proposição do projeto.”
Conheça os 37 direitos civis que o Brasil nega aos homossexuais:
01) Não podem casar;
02) Não tem reconhecida a união estável;
03) Não adotam sobrenome do parceiro;
04) Não podem somar renda para aprovar financiamento;
05) Não podem somar renda para alugar imóveis;
06) Não inscrevem parceiro (a) como dependente no serviço público;
07) Não podem incluir parceiros (as) como dependentes no plano de saúde;
08) Não participam de programas do Estado vinculados à família;
09) Não inscrevem parceiros (as) como dependentes da previdência;
10) Não podem acompanhar o (a) parceiro (a) servidor publico transferido;
11) Não têm impenhorabilidade do imóvel em que o casal reside;
12) Não tem garantia de pensão alimentícia em caso de separação;
13) Não têm garantia à metade dos bens em caso de separação;
14) Não podem assumir a guarda do filho do cônjuge;
15) Não adotam filho em conjunto;
16) Não podem adotar o filho do parceiro(a);
17) Não têm licença-maternidade para nascimento de filha da parceira;
18) Não têm licença maternidade / paternidade se o (a) parceiro (a) adota filho;
19) Não recebem abono-família;
20) Não tem licença-luto, para faltar ao trabalho na morte do (a) parceiro (a);
21) Não recebem auxilio-funeral;
22) Não podem ser inventariantes do(a) parceiro(a) falecido (a);
23) Não têm direito à herança;
24) Não têm garantia a permanência no lar quando o (a) parceiro (a) morre;
25) Não têm usufruto dos bens do (a) parceiro (a);
26) Não podem alegar dano moral se o (a) parceiro (a) for vitima de um crime;
27) Não têm direito à visita íntima na prisão;
28) Não acompanham a parceira no parto;
29) Não podem autorizar cirurgia de risco;
30) Não podem ser curadores do (a) parceiro (a) declarado judicialmente incapaz;
31) Não podem declarar parceiro (a) como dependente do Imposto de Renda (IR);
32) Não fazem declaração conjunta do IR;
33) Não abatem do IR gastos médicos e educacionais do (a) parceiro (a);
34) Não podem deduzir no IR o imposto pago em nome do (a) parceiro (a);
35) Não dividem no IR os rendimentos recebidos em comum pelos parceiros;
36) Não são reconhecidos como entidade familiar, mas sim como sócios(as);
37) Não têm suas ações legais julgadas pelas varas de família.
Fonte: Revista Super Interessante, Edição 202 - Julho de 2004, de Sergio Gwercman.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Eleições 2008 - Perspectivas para o movimento gay em Uberlândia

Apesar de o brasileiro tradicionalmente não dar credibilidade aos nossos políticos, época de eleições é sempre época de esperança, de renovação e de mudanças, seja no legislativo, seja no executivo.
Após o término do pleito de 2008, viu-se uma renovação de 50% do nosso legislativo para o período de 2009 – 2013, e após uma prévia análise do movimento (organizado) homossexual de Uberlândia, observa-se que dentre os eleitos e reeleitos, acredita-se que os LGBTs de nossa cidade foram beneficiados. Reeleitos como Delfino Rodrigues {PT), Jerônima Carlesso (PP), Baiano (PP) e Misac Lacerda (PR), depois de procurados pelo Grupo Shama, demonstraram interesse em apoiar as reivindicações do nosso segmento. Da mesma forma, os eleitos como Professor Neivaldo (PT) e Liza Prado (PSB), em suas campanhas e posteriormente em conversa com os diretores do Grupo Shama, também se compromissaram em nos apoiar.
Um quadro bem diferente de 05 anos atrás, quando o movimento (organizado) homossexual iniciava suas articulações através do Grupo Shama. Naquela ocasião, tínhamos apenas o apoio da então vereadora Liza Prado, que agora retorna à nossa Câmara Municipal.
Prova dessa mudança foi o convite que recebemos, no último dia 10/11/2008 da Vereadora Jerônima Carlesso, do Presidente a Câmara, o Vereador Baiano, para falarmos na Tribuna da Câmara, (expondo, através da TV Câmara, nossas reivindicações aos vereadores, comunidade uberlandense e demais presentes na casa).
Entendemos que esse seja o caminho da visibilidade social, e que permite a inclusão da temática homossexual na agenda de discussão do legislativo municipal.
Apesar de ainda não termos em nossa Câmara Municipal, um(a) vereador(a) homossexual publicamente assumido(a), estamos atentos e vamos cobrar da Casa Legislativa, políticas públicas que beneficiem os homossexuais por direitos iguais, inclusão social, combate à discriminação e preconceito, dentre outros.
Em contato com a Vereadora Jerônima Carlesso, via telefone, no dia 10/12/2008, a mesma informou ao presidente do Grupo Shama, que esteve reunida com o Sr. Prefeito Odelmo Leão e o Secretário Sérgio Ribeiro, onde levou as demandas da Instituição, e em específico a necessidade de um espaço físico para abrigar a academia de lipodistrofia, e demais projetos da Associação, o que evitaria o encerramento definitivo das atividades da Shama, que não recebe qualquer tipo de ajuda ou subvenção do poder público. Segundo a Vereadora, os líderes do executivo esclareceram que não havia possibilidade de atender nossas reinvidicações ainda no ano de 2008, devido as transições de secretários, e que somente nos fins de janeiro de 2009 estará avaliando nossas reinvidicações.
Marcos Martins
terça-feira, 24 de março de 2009
Será a praia?

segunda-feira, 23 de março de 2009
37° Assassinato de Homossexual no Brasil este ano

Um gay assassinado em São João del-Rei na última sexta-feira. O corpo foi encontrado pela sua empregada no domingo. Enterrado hoje.
Edimar tinha 40 anos e era jornalista. Trabalhava em São Paulo. Veio participar do inicio das comemorações da semana Santa em SJDR. Nascido aqui morava sozinho e tinha uma residência no Largo da Cruz no centro histórico. Local onde foi assassinado.
Edimar foi teve uma morte trágica. Completamente desfigurado. A arma usada no crime, uma estátua de gesso. Ainda foi amarrado e torturado antes de morrer.
Alguns gays que tinham amizade mais próxima e que estiveram com Edimar na sexta-feira afirmam que o crime aconteceu quando a vítima levou um "atendimento" pra dentro de sua casa. Alguns pertences foram roubados da vítima tais como cartões de crédito e o carro de Edimar.
Fizemos contato com a Polícia civil e o inquérito corre em sigilo. Existem alguns suspeitos, mas até o momento ninguém foi preso.
Nossa assessoria jurídica está acompanhando o desenrolar das investigações.
Qualquer novidade encaminho ao conhecimento de todos.
Enquanto isso os LGBT correm risco de vida já que um assassino está a solta em nossa cidade que possui pouco mais de 80mil habitantes.
Abraços indignados!
Carlos Bem
MGRV
São João del-Rei, Minas Gerais
Discriminação na UFMG
Na madrugada do último sábado, dia 14 de março de 2009, o estudante de Artes Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fernando A. S. F., foi vítima de violenta agressão física e verbal, de cunho homofóbico, praticada às portas da Moradia Universitária II da UFMG, onde reside. Tal agressão prosseguiu dentro da Moradia, sob os olhares dos seguranças universitários, que demoraram a intervir na situação.
O estudante agredido procurou o Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual (GUDDS!) que vem a público pedir a mobilização da comunidade universitária, da sociedade civil organizada (em especial dos grupos do Movimento LGBT e do Movimento Estudantil de todo o Brasil) e de todas/os as/os cidadãs/ãos aos quais essa carta chegar, a fim de que providências sejam tomadas no tocante a esse caso explícito de violência homofóbica e no combate a outras manifestações homofóbicas que ocorrem dentro da Universidade Federal de Minas Gerais. Nesse sentido, pedimos que manifestos de repúdio a essa ação e à postura da segurança universitária sejam enviados ao Reitor da UFMG, o Prof. Ronaldo Tadêu Pena e à Presidente da Fundação Universitária Mendes Pimentel/FUMP (responsável imediata pela administração das Moradias Universitárias), a Profª. Rocksane de Carvalho Norton, conforme indicações presentes ao fim desta carta aberta.
Na madrugada do dia 13 para o dia 14 de março de 2009 (sexta para sábado), o estudante Fernando e duas amigas retornaram de táxi para a Moradia Universitária II da UFMG, onde residem. Distante apenas três passos do portão de entrada, Fernando foi atingido nas pernas por um chute, desferido pelas costas por outro estudante da UFMG e também morador da Moradia II, que estava acompanhado de sua namorada. Ao virar-se, Fernando foi novamente atingido, agora com um soco em sua boca. Essa agressões físicas eram acompanhadas por insultos homofóbicos como “viado” e “bicha”. Tais agressões continuaram mesmo dentro dos portões da Moradia Universitária II da UFMG, sob os olhares de dois agentes da segurança que acompanhavam tudo desde o início. Diante da imobilidade dos seguranças, uma das amigas de Fernando tentou socorrê-lo, passando a ser também agredida: pela namorada do agressor que a agarrou pelos cabelos, e por ele próprio, que chutou suas costas. Apenas após a agressão à moça, os seguranças tomaram providências, segurando o estudante. Este, logo em seguida, deixou o local com sua namorada dizendo “vamos embora, já consegui o que eu queria” e proferindo mais ameaças. Além disso, nesse mesmo dia, o agressor fez declarações, a outros estudantes residentes na Moradia II, que demonstram sua rejeição a homossexuais, utilizando expressões como “nojo a homossexuais” e referindo-se de modo pejorativo ao apartamento no qual Fernando residia, chamando-o de “gaiola das loucas”, para dizer que lá só moram gays.
Ressaltamos que durante todo o momento em que as agressões físicas ocorriam, o estudante e sua namorada insultavam Fernando com dizeres de depreciação e ofensa relacionados à homossexualidade, caracterizando motivações homofóbicas dos agentes. Outras pessoas presenciaram tais acontecimentos e confirmam os fatos relatados, dispondo-se a prestar depoimento judicialmente.
Questionamos a (des)atenção dispensada pela UFMG na formação e instrução de seus profissionais de segurança, que assistiram e permitiram tamanha agressão homofóbica, intervindo apenas após a violência física ter se entendido a uma das moças presentes.
Compreendemos que a agressão ocorrida não atinge somente ao Fernando e sua amiga. Ela se estende àqueles e àquelas que não são heterossexuais e que são juntamente inferiorizados pela reafirmação da homossexualidade no lugar da escória social. A violência homofóbica atinge também toda comunidade acadêmica que convive, há anos, com o preconceito presente em nosso dia-a-dia e nos trotes de recepção aos calouros de alguns cursos. É esse mesmo preconceito, legitimado pela permissividade institucional existente quanto às suas manifestações mais sutis ou tidas como inofensivas (como os trotes homofóbicos), que se materializa nessa agressão absurda.
A Reitoria da UFMG recebeu essa denúncia formalizada pelo próprio estudante e pedidos de providências elaborados pelo GUDDS! e por outros órgãos dessa Universidade. Contudo, acreditamos que o apoio em massa da comunidade universitária, dos Movimentos Sociais e demais cidadãs/ãos é de essencial importância para que providências realmente eficazes sejam tomadas pela Administração Central da UFMG e pela Direção da Moradia Universitária II, no tocante a essa e outras manifestações homofóbicas, já que elas se repetem nos espaços dessa Universidade sem necessariamente ganharem visibilidade. É necessário que os fatos sejam apurados, e que ocorram medidas punitivas aos agressores e seus cúmplices.
Por todo o exposto, convocamos todas e todos a somar esforços na solicitação de providências por parte dos órgãos competentes, encaminhando manifestos de repúdio à violência sofrida pelo estudante Fernando, à postura da segurança universitária e a toda forma de homofobia, às seguintes autoridades na UFMG:
Profª. Rocksane de Carvalho Norton
Presidente da Fundação Universitária Mendes Pimentel – FUMP
(Fundação privada de apoio à UFMG responsável pelas Moradias Universitárias)
sábado, 21 de março de 2009
A Microsoft agiu certo ao banir lésbica?
04 Mar 2009 11:14
"A polêmica é na verdade da semana passada, mas como eu vi muita coisa sendo escrita na afobação e sensacionalismo, acho que vale falar. O caso: a Microsoft baniu uma usuária da rede Xbox Live porque o nome dela (o Gamertag – o cartão de visitas de fato) indicava que ela era lésbica. Não se sabe exatamente qual era, mas havia essa sugestão. As pessoas ficaram revoltadas. E, a princípio, parece que a Microsoft está errada, é preconceituosa. Mas eu tendo a defender a atitude.
Na prática, como numa política pública que dá multa para quem não usa cinto de segurança (a pessoa poderia ter o direito de morrer, talvez?), o Estado (ou a Microsoft, no caso) protege o cidadão dele mesmo.
Quem já jogou online (na Live ou qualquer lugar) sabe que o nível de homofobia é elevado. Qualquer coisa errada que você faça é “gay”. Se sua voz não for como a do Schwarzenegger, é “gay”. E, se você for gay de fato, tudo que você faz de errado no jogo é porque, oras, você é gay. Essa é a lógica da molecada, no Brasil ou EUA, e aparentemente é mais exacerbada em jogos online. Esse vídeo aqui embaixo deixa isso claro (AVISO: Linguagem excessivamente agressiva -veja aqui!)
Se a pessoa quiser mostrar a opção sexual dela, por orgulho, ideologia, ou simplesmente dado pessoal extra, além da cidade que mora, deveria haver algo como um ícone, um box, algo um pouco mais elegante – todas as redes sociais têm isso, porque não a Xbox Live? A Microsoft é culpada por todos os idiotas que habitam a rede deles? Ela poderia fazer algo mais prático para evitar que idiotas continuem sendo idiotas? Ela tem o direito de suspender alguém para não “insultar” seus usuários com algo que tem orgulho? Nesse bizarro mundo ultratestosteronizado da jogatina online, talvez. O que vocês acham?"
Retirado do Blog Próxima Fase - Tiago Carvalho
terça-feira, 17 de março de 2009
Hospital declara morte cerebral de Clodovil

O deputado federal, ex-apresentador de televisão e estilista Clodovil Hernandes, 71, teve sua morte cerebral confirmada por volta das 16h desta terça-feira (17).
Clodovil candidatou-se o cargo de deputado federal em 2006, com slogans que explicitavam sua homossexualidade como:"Vocês acham que eu sou passivo? Pisa no meu calo para você ver...".
Ele recebeu 493.951, sendo o terceiro deputado mais votado no estado de São Paulo.
Clodovil teve uma carreira admirável como estilista e foi um dos pilares do que se chamou "alta-costura brasileira" e teve uma carreira na televisão no mínimo relevante.
Infelizmente perdemos mais que uma figura cômica e carismática, perde-se com Clodovil a maior visibilidade conseguida por um homossexual na política.
O deputado foi acusado de negligenciar a causa GLBT, visto que alguns o consideravam um inimigo do movimento.
E você o que acha da trajetória de Clodovil?
Postado por: Tiago Carvalho
Novela com beijo Gay na Austrália

Uma novela australiana, Home and Away, passará a exibir um relacionamento lésbico com direito a beijos entre as personagens. O namoro será protagonizado pela policial Charlie Buckton, vivida pela atriz Esther Anderson, que se apaixona por Joey Collins, interpretada por Kate Bell.
Mais uma pérola do líder absoluto da ignorância

Do site: www.mixbrasil.com.br
Pablo Brandão
A Comunidade GLBT de Uberlândia: Uma perspectiva a partir da Parada do Orgulho Gay de 2007
Introdução
Esta obra é uma apresentação sintética dos principais resultados obtidos em uma pesquisa de levantamento realizada com participantes da VI Parada do Orgulho GLBT de Uberlândia, ocorrida no dia 05/08 de 2007.
A pesquisa foi coordenada por três professores da Universidade Federal de Uberlândia, pertecentes aos Institutos de Piscologia e Economia, e, parceria com a Pró - Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Estudantis da mesma universidade, e com a ONG SHAMA, organizadora da Parada.
Esta investigação ocorreu vinculada a um projeto de extensão universitária, cujo produto final constitui - se no presente texto, o qual será distribuído para diversos segmentos e grupamentos sociais que possam ter interesse no mesmo, em especial àqueles que se dedicam ao estudo ou intervenção junto às populações homossexuais, ou àqueles responsáveis pela socialização e redução do preconceito, como é o caso de instituições de ensino e cultura.
A proposta de realização da pesquisa foi encaminhada ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia, sob o protocolo de registro 174/07, sendo aprovado de acordo com o parecer final n°251/07.
A pesquisa teve como objetivo geral traçar um perfil da comunidade GLBT(gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros) de Uberlândia, a partir dos participantes da Parada, em seus aspectos sociais, econômicos, identitários e culturais; bem como conhecer aspectos da realidade e das vivências dos membros desta comunidade, visando identificar problemas e subsidiar a implementação de ações junto aos órgãos responsáveis.
Pesquisa de cunho e teor semelhante têm sido realizadas em diversas cidades do Brasil, em especial nas capitais, e podem ajudar a conhecer melhor o público que frequenta as Paradas do Orgulho GLBT, além de contribuir para desmistificação do mesmo, principalmente para setores mais conservadores de nossa sociedade.
Assim, justifica - se a importância de trabalhos como este, dado que na cultura ocidental dos últimos séculos, os discursos sobre a homossexualidade estiveram, na maior partes das vezes, associados ao desvio, à margem, ao pecado, á imoralidade e á doença, motivando intervenções da igreja, da ciência, e da polícia para o seu devido controle (Fry e MacRae, 1985).
No constesto brasileiro atual, apesar do Conselho Federal de Piscologia, do Conselho Federal de Medicina e da própria Organização Mundial de Saúde não considerarem a homossexualidade como uma doença, fortes resquícios daquela mentalidade ainda se fazem presentes, causando suspeitas e estranhamento em relação àqueles que se definem publicamente como homossexuais.
Tal suspeita está associada a um forte estigma que tem motivado diversas ações de preconceito e discriminação, que por vezes assume expressões de extrema violência. Segundo pesquisa realizada no Rio de Janeiro, em 2002, junto a 461 homossexuais, 60% dos entrevistados já tinham sofrido violência por questões de orientação sexual, envolvendo agressão física, chantagem, extorsão, ameaças verbais, xingamentos e humilhação pública (Conselho Nacional de Combate á Discriminação,2004).
Em decorrência da discriminação histórica dos homossexuais, foi necessária uma reconstrução de sua identidade social por meio da organização de um movimento social em defesa dos direitos desta população. O movimento homossexual no Brasil tem sua origem no final da década de 70 e início da década de 80, especialmente noeixo Rio - São Paulo (McRae, 1990; Green, 2000). Após certa estagnação na organização do movimento durante a década de 80, ele volta a florescer em meados da década de 90, pressionado pela epidemia de AIDS e apoiado por financiamentos daí decorrentes, contando atualmente com mais de 140 grupos organizados no país (Facchini, 2004).
Entre algumas das conquistas deste movimento estão:
A) Criação dos Centros de Defesa do Homossexual;
B) Dia de Combate à Homofobia;
C) Leis de combate à discriminação por orientação sexual;
D) Reconhecimento da parceria entre homossexuais para fins de adoção;
E) Para a legalização de entrangeiros no Brasil
F) Para recebimento de pensão do funcionalismo público.
Estas mudanças não ocorrerem de forma homogênea por todo o país, sendo condicionadas por fatores locais uqe determinam sua possibilidade de ocorrência (Conselho Nacional de Combate à Discriminação, 2004; Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, 2007).
No bojo destas conquistas, as Paradas do Orgulho Gay têm se constituído numa manifestação importante de afirmação da identidade homossexual, resultado de uma articulação do movimento social organizado. Apesar de existirem há muitos anos em várias cidades do mundo, elas têm ganhado força no Brasil apenas nos últimos dez anos, sendo realizadas em vários cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, para citarmos apenas as maiores delas. Atualmente, São Paulo possui a maior Parada Gay do mundo comc erca de 3,5 milhões de participantes.
A Parada Gay, como qualquer fenômeno social complexo, sintetiza diversos processos culturais e põe em evidência diferentes atores. Apesar de uma suposta homogeneidade da população gay difundida pela ,ídia tradicional, as Paradas mostram a diversidade desta população, rica em tipos sociais, como "modernos", "barbies", "ursos", travestis, transexuais, drag queens (Trindade, 2004), além da presença de pessoas que se definem como heterossexuais (Junge, 2004).
Em decorrência de seu poder agregador desta população, de sua legitimação pública da experiência homossexual, e de sua contribuição para a transformação do imaginário social a respeito da homossexualidade, as Paradas Gays têm sido apoiadas pelo governo federal como uma forma de promover a cidadania desta população marginilizada, bem como na criação de um contexto mais favorável à prevenção do Hiv.
Além de uma menifestação de luta pela cidadania da população GLBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros), as Paradas também atraem a atenção do setor de entretenimento e turismo, especialmente, nas grandes cidades (Chicochetta e Avena 2006, 2006), complexificando ainda mais o entendimento deste fenômeno.
No contexto mineiro, uma pesquisa semelhante realizada pela UFMG (Prado, 2006) aponta a percepção dos participantes que a Parada, além de contribuir para o aumento da visibilidade e discussão das questões pertinentes á temática homossexual, constitui um exemplo real e bem - sucedido em prol da qualificação da discussão e elaboração de ações e de políticas públicas.
A cidade de Uberlândia possui um conjunto de locais de entretenimento e aglutinação homossexual, bem como uma organização não - governamental de luta pelos direitos desta população, o Grupo SHAMA. Já foram realizadas na cidade cinco Paradas Gays entre os anos de 2002 e 2006. A última Parada realizada no município atraiu um público de aproximadamente 20 mil pessoas segundo seus organizadores (Grupo SHAMA, comunicação pesosal) e Polícia Militar - MG. Há, contudo, uma escassez de estudos sobre a população GLBT local, sendo raras as iniciativas acadêmicas sobre esta temática.
Assim, reconhecendo a crescente mobilização deste movimento na cidade, a necessidade de constuir propostas que visem diminuir o preconceito e a discriminação a esta população, bem como a ausência de estudos sobre esta temática no contexto de Uberlândia, este texto poderá fornecer subsídios para políticas públicas direcionadas a esta população, bem como fomentar o debate acadêmico em torno das questões da população GLBT.
A universidade cumpre assim seu papel social no combate à discriminação e à homofobia, bem como forma novos profissionais sensíveis às questões desta população, contribuindo para o respeito e a dignidade dos homossexuais na cidade e para a construção de uma sociedade onde estes sejam reconhecidos em seus direitos e aspirações.
Segundo a Pesquisa a grande maioria (51,3%) dos participantes da pesquisa presentes na Parada GLBT de Uberlândia são jovens (18 a 24anos), sendo que o percentual de participantes na faixa entre 25 e 29 anos e na faixa de 30 a 39 anos é o mesmo (19%), descrecendo a partir daí: 7,2% entre 40 e 49 anos e 3,5% com 50 anos ou mais.
Orientação Sexual
Em relação ao g~enero, observa - se um número maior de participantes do sexo masculino (59,5%) em relação ao sexo feminino (40,5%).
Considerando - se a orientação sexual relatada pelos participantes, o número maior é de pessoas que se auto - intitulam como heterossexuais (33,1%), seguindo pelos gays (21%), lésbicas (14,5%) e homossexuais (14,1%). Também houveram auto - definições como bissexuais (10%), entendidos (4,7%), travestis (2,4%) e transexuais (0,2%).
Encontramos ainda dados sobre: Grau de Instrução, Renda, Auto - classificação Étnico - racial.
Religião
Em relação a este item, verifica - se que a maioria dos entrevistados declara uma pertença à religião católica (37,7%), embora não seja possível determinar se estes são praticantes ou não. Também foi bastante significativo o número de pesquisados que declarou não possuir nenhuma religião (27,2%). Surpreende, ainda, o fato de que o número de espíritas e/ou Kardecistas (18,1%) seja superior ao de evangélicos (10,1%), dado que as pesquisas divulgadas a este respeito tendem a apresentar na população em geral uma inversão neste sentido, com o número de evangélicos bastante superior ao de espíritas. Quanto aos frequentadores da umbanda e candomblé, agrupando - se ambos, obtém - se um percentual de apenas 4,6% dos entrevistados, havendo ainda 2,2% que declaram possuir outras religiões.
Origem Domiciliar
Considerando - se que a pesquisa foi realizada durante a Parada GLBT de Uberlândia, a qual é uma cidade que atrai moradores das localidades próximas para diversos eventos festivos, além de outros, como compras, turismo, etc., houve o interesse dos pesquisadores em investigar a procedência geográfica dos participantes, sendo identificaddos que quase 80% são residentes em Uberlândia e os demais oriundos de cidades da região.
Situação Afetiva Atual dos Participantes
Os dados da pesquisa indicam que grande parte dos entrevistados encontrava - se, naquele momento, em algum tipo de relacionamento afetivo - sexual: "ficando" (18,2%), namorando (23,1%) ou casado (19,1%). A soma destas três categorias (60,4%) mostra - se bastante superior à dos que afirmaram estarem sozinhos no momento (39,2%).
A pesquisa encontrada na Sede Social do Grupo SHAMA em forma de manual traz detalhadamene a Situação Afetiva Atual por Orientação Sexual e Gênero, de forma detalhada.
Ainda Encontramos: Situação de Residência, Parentalidade, detalhadamente.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Luiz Mott entrevistado por Marília Gabriela
sábado, 14 de março de 2009
Britney lança clipe de nova música

Foi nexta quinta-feira, que Britney Spears lançou o novo clipe da polêmica "If U Seek Amy".
A música foi censurada por alguma rádios americanas, dizem (as más e boas linguas) que se dita rapidamente o refrão soa como a soletrar a expressão "FUCK-ME".
Nos Estados Unidos a música ganhou uma versão mais leve.
Veja o video no youtube
Postado por: Tiago Carvalho
segunda-feira, 9 de março de 2009
Arcebispo excomunga envolvidos no aborto de menina
O arcebispo de Olinda e Recife excomungou a mãe, os médicos e outros envolvidos no aborto sofrido por uma menina de 9 anos. De acordo com a polícia, o padrasto confessou que abusava da garota. Ele seria o pai dos gêmeos que ela esperava.
A atitude do bispo criou uma indignação geral, inclusive de católicos. Foi interessante observar como algumas "orientações" e orientadores da igreja tem se tornado obsoletos. Em outras palavras: ideias e mentes do século passado.
A ignorância que condenaram médicos e familiares da menina é a mesma que condena os homossexuais. É essa constante incoerência que ajuda a aumentar o número de ateus e cátolicos não praticantes no Brasil e no mundo.
quarta-feira, 4 de março de 2009
Oscar 2009 premia atores com papéis homossexuais

Nunca antes na cerimônia do Oscar, a temática LGBT esteve em tanta evidência.
Muito disso graças a "Milk - A Voz da Igualdade", o filme foi indicado a oito categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator, Melhor Ator Coadjuvante, Melhor Roteiro Original, Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Figurino e Melhor Edição. O filme ganhou duas estatuetas dentre elas a de melhor ator, Sean Penn ganhou por interpretar Harvey Milk, primeiro político abertamente homossexual dos Estados Unidos.
A ganhadora da estatueta de Melhor Atriz Coadjovante, Penélope Cruz, interpreta uma mulher que para salvar seu casamento se envolve com outra (mulher), o nome do filme é "Vicky Cristina Barcelona".
Vale também citar que o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante foi postumamente entregue a Heath Ledger,por "Batman, O Cavaleiro das Trevaz". Heath foi o inesquecível cowboy gay de "O Segredo de Brokeback Mountain".
Definido tema da parada 2009

O tema da parada gay de Uberlândia é
"Construindo Direitos Humanos num Universo de Cores, Idades e Identidades"
O tema trata, das diferenças dentro da comunidade LGBT. Abordando todos os arquétipos (tipos) de homossexuais, protestando contra a falsa idéia de que homossexuais são todos iguais. O tema também reafirma as ações que o SHAMA desenvolve ao longo do ano contra o preconceito: tanto preconceito heterossexual contra os homossexuais ou tanto o preconceito de homossexuais contra outros homossexuais (homofobia internalizada).
É certo que será uma linda festa contra o preconceito!
segunda-feira, 2 de março de 2009
Seja bem vindo ao blog do SHAMA!
Aqui você fica sabendo tudo sobre a Associação Homossexual de Ajuda Mútua- Shama, cultura LGBT e sobre o circuito gay de Uberlândia.