Reivindicamos através deste, um espaço para retratação imediata da matéria publicada em 26 de julho de 2010, página A3 do Jornal Tudo Já, para que a jornalista Clarice Monteiro, se desculpe e revogue o termo utilizado na reportagem TRAVECOS DÃO GOLPE DO "BOA-NOITE CINDERELA" as quais demonstra homofobia, ignorância, incita violência e crueldade as travestis que de modo irresponsável em função de um caso particular e de sua visão ignorante do mundo.
Leitores deste Jornal, se sentem revoltados e envergonhados com a qualidade do artigo editado, dentro de uma realidade trágica como são tratadas as travestis do Brasil.
Segundo o GGB – Grupo Gay da Bahia, a cada dois dias um LGBT é vítima de um assassinato, grande parte por violência homofóbica. Dentro deste universo, as que mais sofrem são as travestis, sendo na maioria estranguladas, esquartejadas.
Acreditamos que a equipe de editores, bem como o Coordenador deste Jornal, formadores de opinião, deveriam ter o zelo de não trazer palavras das quais incitem a violência, relacionados a fatos particulares, a fim de amenizar as agressões vividas durante o período de trabalho. Não podemos em momento algum generalizar tais acontecimentos, que ferem a dignidade humana e sim o respeito pela cidadania LGBT.
A Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis e Transexuais, lançou em janeiro de 2010, o Manual de Comunicação LGBT, cuja finalidade é reduzir o uso inadequado e preconceituoso de terminologias que afetam a cidadania e a dignidade de 20 milhões de LGBT no país, seus familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho.
Nós, da Associação Homossexual de Ajuda Mútua e Associação das Travestis e Transexuais de Uberlândia, leitores do Jornal Tudo Já, Jornal Correio de Uberlândia, o Jornal considerado mais importante de Uberlândia exigimos retratação deste texto de tão péssimo gosto.
Adeon Souza Amaral
Vice-Presidente da SHAMA
Concordo plenamente.
ResponderExcluirEsse tipo de atitude tem que realmente ser repudiada por todos nós, não somente gays, mas cidadãos como um todo. O uso desses termos pejorativos é que faz com que, veladamente, o preconceto se perpetue. E, além disso é realmente insano, e mesmo patético usar um caso em particular para comprometer toda uma classe. Eu tive acesso à reportagem e vi que foi realmente de péssimo gosto, e prejudica toda uma luta que vêm sendo travada a anos, por igualdade jurídica, de direitos, a todos os cidadãos, quaisquer que sejam suas orientações sexuais.
leyonce.blogspot.com
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