terça-feira, 27 de abril de 2010

Pronuncie-se!


ABGLT pede que governo brasileiro se pronuncie contra lei que prevê pena de morte a homossexuais de Uganda


A diretoria da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) encaminhou ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro das Relações Exteriores Celso Amorim. No documento, a ABGLT pede o pronunciamento oficial do governo brasileiro contra a lei anti-homossexuais em Uganda, que prevê prisão perpétua e até pena de morte.

Como membro com status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas, a ABGLT solicita que o Brasil, assim como os Estados Unidos e a Inglaterra, se posicione contra a aprovação da lei, proposta pelo deputado ugandense David Bahati, 36.
A lei deve ser votada até o final de maio e, caso seja aprovada, Uganda será o quinto país africano a punir os homossexuais com a pena de morte, assim como a Somália, Mauritânia, Sudão e Nigéria.
A ABGLT ressalta que o ministro da Integridade de Uganda, James Obuturo, é a favor da aprovação da lei. Inclusive, Obuturo fez duras críticas ao Brasil por ter assinado a Declaração Conjunta nº A/63/635, de 18 de dezembro de 2008, pelo reconhecimento de orientação sexual e identidade de gênero como direitos humanos, da Organização das Nações Unidas.

Asilo político – O presidente da ABGLT Toni Reis pede que, caso a lei seja aprovada, o Brasil ofereça asilo político aos homossexuais de 26 lideranças LGBT de Uganda ameaçados de morte. Além disso, que o Brasil apoie sanções àquele país e também que ajude Uganda no enfrentamento da Aids. “Solicitamos que o Brasil, através do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, ofereça a Uganda sua expertise no enfrentamento à epidemia da Aids”, finaliza o oficio.
No Fantástico – Na edição do Fantástico de ontem, 25, foi exibida uma reportagem sobre a ameaça que os LGBT ugandenses passam em virtude da possível aprovação da lei anti-homossexuais. “Eu acordo todo dia sem saber o que vai acontecer comigo”, disse o militante gay Frank Mugisha, 28, à reportagem do Fantástico. Até a distribuição de panfletos sobre a Aids já é considerada um aliciamento. O que os veículos dirigidos aos homossexuais – como o MundoMais – assim como outros sites da Internet, já noticiaram sobre o projeto de lei, a reportagem da TV coloca como assunto em maior destaque para protestos e discussões.

Fonte: Mundo Mais

Um comentário:

  1. É algo repugnante saber que ainda há países que tratam homossexuais assim e não como membro da sociedade,preconceito existe em todos os lugares do mundo e não devemos aceitar nenhuma forma dele, mas criar uma lei homofóbica marginalizando pessoas só porque gostam do mesmo sexo é algo totalmente inexplicavél. O pior ainda é saber que a maioria da população desse país concorda com essa lei. Alguma autoridade mundial tem que fazer alguma.
    Boicotar Uganda já, tem que ter interferência nisso aí.

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